"O fim não é real, ele é um catalisador de mudança para que surja algo novo."
Toda história começa com um sussurro, uma ideia que resiste ao esquecimento, um eco perdido no tempo. Este espaço não é apenas um site—é um ponto de convergência entre realidades. Aqui, palavras moldam mundos, personagens desafiam seus destinos e a fronteira entre o tangível e o impossível se dissolve.
Seja você um explorador de mistérios, um amante do desconhecido ou apenas alguém em busca de histórias que permaneçam com você muito depois da última página, encontrará algo por aqui.
Entre. Leia. Descubra. Algumas respostas moram aqui. Outras, você terá que carregar consigo.
Eonos não é apenas um multiverso. É um artifício, uma estrutura construída sobre as fundações da realidade, sustentada por leis que não se curvam às limitações do tempo ou do espaço. Cada universo dentro dele pulsa com sua própria identidade, com regras próprias e verdades que não precisam se encaixar para coexistirem. Em Nocturna, a magia é um fio ancestral, costurando o passado e o presente através de sangue e herança. Em Didgory, a morte não encerra uma história—ela a transforma, a reescreve, a arrasta para um ciclo sem promessas de conclusão. Em Círculo da Expressão, as palavras são mais do que símbolos, são destinos, são marcos de algo que pode ou não se concretizar.
O que conecta essas realidades? É o acaso? Ou algo mais profundo, algo que se esconde nas entrelinhas dos próprios universos?
Os personagens que habitam Eonos não são apenas peças em um tabuleiro cósmico. Eles sentem o peso dessas conexões, mesmo que não consigam compreendê-las. São sombras de si mesmos em outros mundos, ecos de decisões que nunca tomaram, fragmentos de possibilidades descartadas. Eles vivem com a estranha sensação de que algo os observa das fissuras da realidade, de que seus passos já foram trilhados antes, de que a liberdade é um conceito ilusório.
Mas Eonos não responde. Ele apenas observa. Ele registra. E continua.
A pergunta não é se há um padrão. A pergunta é: o que acontece quando alguém tenta enxergá-lo?
Desde que a humanidade começou a contar histórias, os mitos surgiram como uma maneira de interpretar o mundo. São ecos de algo maior, fragmentos de um passado que talvez nunca tenha existido da forma como imaginamos. Mas enquanto muitos recontam os mesmos mitos de sempre, J.C. Mortimer faz algo diferente: ele cria os seus próprios.
Em sua vasta construção de mundos, Mortimer não apenas adapta velhas lendas—ele as reinventa e adiciona novas camadas. Dentro de seu multiverso, mitologias inéditas emergem com a naturalidade de algo que sempre esteve ali, esperando para ser descoberto. O Panteão, por exemplo, não é um simples agrupamento de divindades. Ele reflete ciclos de poder, influência e decadência, uma mitologia dinâmica que respira junto com os personagens e suas histórias. Já O Conto de Elégia questiona a própria essência do que torna um mito imortal: são as palavras que o sustentam, ou a necessidade humana de continuar narrando?
O que diferencia os mitos de Mortimer dos tradicionais não é apenas a originalidade, mas a forma como eles se integram às narrativas. Não são meros cenários de fundo ou explicações para eventos mágicos; são parte viva do enredo, moldando personagens e determinando seus conflitos. Como qualquer mitologia, carregam um propósito maior—seja ele cultural, filosófico ou existencial.
Seus mitos não existem para serem apenas lidos. Eles existem para serem sentidos, interpretados e, talvez, lembrados de uma forma que poucas ficções conseguem alcançar. Porque, no fim das contas, é assim que as mitologias começam: como histórias que recusam ser esquecidas.